domingo, 22 de agosto de 2010

Diário de bordo - A adaptação



19 de agosto de 2010 - Quinta-feira da promessa


A tão falada quinta-feira finalmente chegou. Todo mundo na cidade fala que a quinta é o dia bom da boate local (exatamente, a única).

Eu e outro parceiro (os demais acabaram dormindo) fomos dar uma volta na cidade e conferir a promessa da quinta. Mas ano de eleição é assim mesmo. Só tem promessa.

Fizemos uma maratona pela cidade, fomos a tal boate e descobrimos a atração principal "Irmaozinho e irmao menor" (é claro que eu nao lembro o nome dos moleques, que, segundo a mae, tinham 14 e 15 anos). O negócio devia ser tão bom que ela nos presenteou com um CD.

A frustração foi tão grande que eu usei de todo o pre-conceito existente sobre esse tipo de cidade para praguejar na volta pra casa.


20 de agosto de 2010 – Sexta da vodka


Sexta-feira é sexta-feira em qualquer lugar do Brasil, quiçá, do mundo!

Esperanças renovadas. Encorajado pela folga do sábado rumamos para o centro da cidade no intuito de conhecer um barzinho que é a novidade da cidade. "No mesmo estilo que a matriz que fica em Maringá!" - Foi o argumento usado por um nativo pra mostrar o quanto era bom.

Passamos pelo tal barzinho e tava lá uma ruma de mulé dum lado, outra de home do outro lado e, no telão, a dupla sertaneja do momento. Eu olhei pro meu companheiro de empreitada e disse: "Vamos tomar uma e pronto". Paramos num boteco pequeno e movimentado no centro da cidade. Ele pediu uma Ice. Eu já tava com raiva, pedi uma dose de vodka. Maaas, como a garrafa tava no fim, o dono do bar secou a danada no meu copo (500 ml), completou com gelo e foi aquela alegria.

Pedi amendoim, o camarada, ao invés de servir o bichinho torrado, nos trouxe um licor (ou qualquer coisa parecida com isso, no sabor solicitado). Como já tava no copo, paguei R$1,00 pela dose e me arrependi. Fui lá no balcão, apontei prum saquinho de amendoim, perguntei quanto era e pedi dois.

Levei uns 30 minutos pra acabar o copo. O parceiro pediu a segunda ice, ficou numa nice e voltamos pra casa.

Eu achei que era fraco pra bebida, mas o menino é crente, nunca tinha experimentado vodka, etc, etc, etc...

Voltou pra casa passando mal, com dor no peito, na barriga... Pensei que ele ia enfartar.

Chegamos em casa, ligo a tv, abro o note, entro no msn, começo a conversar com a galera... Pra que? Pra que?!

Mas fiz. Abri câmera com uma amiga minha, e converso com outras pessoas que ainda estavam on-line às 2h da manha.

Acordei às 5h com varias janelinhas acesas. Todas reclamando que eu parei de conversar, deixei falando sozinha... etc, etc, etc...

Mas a melhor foi a menina da câmera. "Tu vai dormir na cam? VIIIIIIIIIIICTTTTTTOOOOOORR ACOOOOOOORDAAAAAAAAAAAAA

"

Chacoalhou a tela, falou, reclamou, esperneou...

Eu só vi as 5h e ela já tava off...


21 de agosto de 2010 – Outros ares


O tão sonhado final de semana chegou. Sábado de manhã.

Acordei doido, querendo fugir dessa cidade. Tomei um banhozinho geladinho (como de praxe), tomei um café reforçado e botei o pé na rua. Andei, andei e só vi as mesmas coisas de todos os dias. A única diferença é que as lojas estavam abertas.

Bati na rodoviária 5 minutos antes do ônibus pra Maringá sair. - Eu já havia perguntado se tinha algum lugar próximo que fosse interessante conhecer e muitas pessoas de grande credibilidade haviam me falado sobre esta cidade. De modo que eu já havia cogitado essa possibilidade.

Cheguei na rodoviária sem muita expectativa, pensando que o ônibus demoraria, etc, etc, etc...

Aí veio a boa notícia do atendente, informando que a saída se daria em 5 minutos e que seriam duas horas de viagem até lá.

Fiz umas contas rápidas e me vi em uma cidade diferente por um dia inteiro por apenas R$30,00 com chegada prevista para o horário do almoço.

Comprei a passagem e fui.

Chegando lá, pra onde ir? Prestei atenção trajeto que o ônibus fez até chegar na rodoviária e deduzi para qual lado era o centro. Desembarquei e rumei na direção certa. No entanto, sem muita convicção. Foi quando avistei uma lan house salvadora.

Entrei, pedi uma máquina, entrei em contato com o pessoal que tinha me falado da cidade, inclusive com uma amiga de uma amiga que tinha sido apresentada por outra amiga que mora lá. Mas esta tinha afazeres durante a tarde do sábado e eu preferi não incomodá-la.

Procurei um mapa turístico de Maringá na internet e achei facinho, facinho esse aqui (que ainda dá opção de download em alta qualidade).

No PC havia o Corel instalado. Baixei o mapa, botei no corel, dividi em duas páginas, mandei imprimir frente e verso, perguntei sobre boas opções de restaurantes próximos e saí feliz que só pinto em beira de cerca.

Passei pela pizzaria indicada, não gostei da cara e segui em frente. Tomei um gatorade, e fui ao Itaú mais próximo. Em frente tinha um shopping (um dos três que entrei. A cidade tem shopping que só a gota e gente pra encher todos eles e sair pelo ladrão). Fiquei agoniado e saí por causa da quantidade de gente. Mas vislumbrei um Mr. Pretzels lá dentro.

Desci a rua rumo ao Parque dos ingás (na minha terra, é uma planta que dá uma vagem grande com frutinhas doces). No meio do caminho, outro shopping. Entrei, subi até a praça de alimentação, uma refeição light, um chá com limão e a vista! A VISTA! Assim como o Plaza Shopping de Casa Forte, a Praça de alimentação tem vista panorâmica, só que a vista daqui dá para o parque dos Ingás e vai até o horizonte. Não há tantos prédios barrando a visão.

Tirei foto, filmei (Mas tou sem Bluetooth no PC pra poder passar isso pra vocês) e desci na direção do parque. Frustrei-me ao saber que ele estava totalmente interditado por tempo indeterminado por motivo de reforma. Peraí, eu venho aqui uma vez na vida... (ok, mentira. Pretendo voltar lá com mais tempo pra poder conhecer a cidade inteira). Mas, tudo bem. Fazer o quê?

Andei beirando a cerca do parque por uns quinhentos metros e segui rumo a catedral da cidade.

A catedral é muito alta e tem um mirante na torre (torre? Sei lá). Mas tava em reforma por tempo indeterminado, blá, blá, blá...

Me contentei em filmá-la e fotografá-la por dentro e por fora de baixo mesmo. Agora o momento mais arrepiador que passei: Um carrinho de caldo de cana, em plena Av. Papa João XXIII, Maringá – Paraná. Puta que pariu! (desculpem, mas não tem outro jeito de expressar a alegria). Paguei R$3,00 num copo de caldo de cana com limão. Mas peraí, né? A tecnologia pra prensar a cana deve ter sido importada. =P

Paguei, tomei, liguei pra André (meu primo) pra contar a presepada e segui meu rumo.

Dei uma caminhada na praça e tirei fotos dos boulevards – muito bem cuidados, por sinal – e da sinalização para pedestre. Bastante peculiar, a faixa de pedestres de lá, tem pintado entre uma parte branca e outra => olhe => , indicando para onde o pedestre deve verificar antes de atravessar.

Rumei para o Parque Florestal dos Pioneiros (também conhecido como Bosque dos Pioneiros ou Bosque II).

Me surpreendi com o tamanho da área preservada com o tamanho dos macacos que vivem por lá. Filmei, tirei foto, etc, etc, etc...

Abaixo segue um vídeo do youtube pra vocês terem uma idéia.

Contornei o parque até a Av. JK, via que segui, iniciando o trajeto de volta para a Rodoviária. Passei em outro ponto do Parque dos Ingás. Passei por uma casinha de madeira, com jardim na frente. Quase que tirada de um conto de fadas. Obviamente tirei foto.

Segui a continuação da JK (Av. Laguna), viajando na idéia de fazer isso mais vezes em outras cidades por aí. Alguém topa?

A volta foi um pouco cansativa, afinal eu já havia caminhado um bocado e visto as coisas que tinham chamado mais atenção.

Cheguei a rodoviária com uma hora de antecedência em relação ao horário de partida do ônibus e o balconista me sugeriu uma passada por outro shopping que fica bem perto da rodoviária, mas em Sentido contrário ao do centro da cidade.

Acatei a sugestão, fui ao Shopping Cidade, jantei, comprei baralho, dominó e um presentinho pra uma menininha doce que só goiaba em calda feita em casa.

Cheguei em casa por volta das 22h.

Quando achei que havia terminado o dia, os dois parceiros que permaneceram em Cianorte porque estão muito distantes de casa (Curitiba e Toritama), se empolgaram com os objetos da jogatina e jogamos até 1h da manhã. Cansamos, fomos na varanda tomar um ar e ver os carros passarem (ô cidadezinha pro povo gostar de andar de carro. E ainda ficam dando voltas, vemos as mesmas pessoas nos mesmos carros quatro, cinco vezes indo e voltando...).

Essa noite rendeu mais histórias, mas estas não podem ser contadas pra todo mundo. Então, se quiser saber, me pergunte numa conversa que eu conto as Histórias do Paraná.

Abaixo segue o percurso que eu fiz.


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Um comentário:

Flávia Andréa disse...

Menino, esses macaquihos são uns trombadinhas. Botam a cara na janela, colocam a mão para dentro do carro. Se bobear passam a mão nas coisas. kkkkk